Movido a energia solar, pequeno dispositivo foi desenvolvido com ajuda de pesquisadores .
Não acumular água em lajes ou calhas, colocar areia nos vasos de planta e cobrir bem tonéis e caixas d’água. Estas são algumas das recomendações para prevenir a proliferação do Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue, já que é na água parada que a fêmea coloca os seus ovos. Foi pensando nisso que foi desenvolvido no Peru o “Sapo Guardião”, um dispositivo eletrônico capaz de manter a água em constante movimento.
Criado pelo estúdio de design VML para a empresa Sapolio, em parceria com pesquisadores de universidades, o sapo tecnológico é movido a energia solar. O aparelho movimenta a água estagnada na superfície de qualquer recipiente onde estiver presente, desta forma o habitat se torna hostil para a postura de ovos.
Apelidado de The Guardian Toad, o sapo tecnológico alcançou um índice de proteção de 92% contra o mosquito Aedes Aegypti. Ele interrompe o ciclo de vida desses insetos e consequentemente pode reduzir a incidência de dengue na população.
Contexto
Os casos de dengue explodiram no Brasil. Foram registrados 4,82 milhões de casos só em 2024. Assim como o Brasil, o Peru enfrenta historicamente a pior crise de dengue. Quase 80% da população nas zonas mais afetadas não têm acesso a água potável, obrigando as pessoas a coletarem água, em baldes de plástico, em caminhão-pipa que a distribui de casa em casa.
Apesar das recomendações, estes recipientes não estão adequadamente cobertos, criando condições ideais para a reprodução dos mosquitos.
A prevenção é apontada pelo Ministério da Saúde como a melhor forma de combater a doença e neste sentido esta invenção pode ajudar na empreitada. Autônomo e suficientemente pequeno para se movimentar dentro de recipientes de água, o sapo eletrônico elimina a necessidade de baterias ou eletricidade.
As informações são do Ciclo Vivo / Imagem: Divulgação