Nos anos 60, a Heineken criou uma garrafa-tijolo para fabricação de casas populares após o consumo
Foi durante uma viagem a Curaçao, nos anos 60, que o empresário Freddy Heineken, então presidente da cervejaria holandesa que tem seu nome, teve uma ideia que, à época, parecia próxima da loucura, mas que hoje se confirma especialmente razoável e interessante, além de social e ambientalmente responsável. Diante da imensa quantidade de lixo que encontrou na ilha no Caribe – incluindo muitas garrafas verdes da própria Heineken -, e da falta de material de construção e de casas propriamente para as populações mais pobres na região, o CEO sugeriu a criação de um novo desenho e modelo para as garrafas da marca, para que pudessem ser reaproveitadas como tijolos de vidro.
Convencido da engenhosidade e da importância de sua ideia, Freddy então convocou o arquiteto John Habraken para desenhar a novidade: a solução encontrada foi projetar garrafas mais robustas e resistentes, fabricadas em formato retangular e com relevos especiais que ajudavam ainda mais a uma garrafa encaixar sobre a outra. O projeto levou três anos para ficar pronto, e ganhou o nome de Wobo, sendo apresentado e aprovado pela Heineken em 1963 – segundo os cálculos, mil garrafas Wobo eram suficientes para construir uma casa de 33 metros quadrados.
O lançamento foi pensado e fabricado com garrafas em dois tamanhos, de 350 mm e 500 mm, que seguiam funcionando em seu sentido original, como recipientes para o consumo da tradicional cerveja holandesa, mas ganhando função nobre e sustentável e promovendo perfeitamente o upcycling, décadas antes desses conceitos serem efetivamente pensados ou levados a sério, após o consumo. A empresa então produziu 100 mil garrafas Wobo, e chegou a levantar uma construção próxima à casa de campo de Freddy Heineken, provando que o inovador projeto era também eficaz: de fato as garrafas funcionavam como material de construção.
O projeto, porém, estava efetivamente à frente de seu tempo, e nunca chegou ao mercado – hoje o modelo de garrafa é encontrado somente no museu da cervejaria e nas mãos de colecionadores. O motivo, segundo consta, foi simplesmente a preferência dos consumidores, que não demonstraram interessados em deixar de consumir as garrafas arredondadas, nem ajudar na construção de casas para a população mais pobre de Curaçao ou do mundo. Curiosamente, ao longo das décadas as garrafas Wobo seriam citadas e celebradas diversas vezes em levantamentos sobre design e sustentabilidade como um projeto inovador e transformador – que, no entanto, nunca chegou a ser efetivamente realizado.
Fonte: Hypeness / © fotos: Heineken International/Fast Company/Cabinet/reprodução
Seria excelente reeditar esse formato ou algo parecido, com o mesmo propósito de reutilizar para construçao
Nossa que ideia genial, pena que não tenha atingido seu objetivo….e continua sendo apenas lixo. Quem sabe num futuro bem próximo.
Isso p fazer tubo de aquecimento de água seria um luxo
Excelente ideia o Meio Ambiente precisa muito dessas ideias ,precisamos de pessoas que pensem e tragam ideias assim pra proteger o nosso Meio Ambiente para as gerações futuras ter um ar de qualidade e a saúde não ser tão afetada,precisamos trazer essas ideias para as escolas orientar nossos alunos a cuidar do Meio Ambiente desde já . Parabéns a ideia é perfeita, vamos lutar por um Meio Ambiente mais cuidado parabéns 👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻
Nossa que ideia genial, pena que não tenha atingido seu objetivo….e continua sendo apenas lixo. Quem sabe num futuro bem próximo.
É hora de nova tentativa, Heineken!
Verdade, como sempre idéias que ajudam os povos desprivilegiados muitos não tem interesse..
Mas a ideia é maravilhosa
Triste saber que o projeto não foi valorizado. Será que hoje com consciência ambiental e empatia teria o valor merecido? Eu adoraria ter essa possibilidade hoje.
Lindas de mais essas garrafas, fiquei pensando em uma parede feita c elas 🤩🤩🤩
O ser humano tá cagando e andando para o meio ambiente, só irão dar valor depois que perderem este presente de Deus.