Cientistas da Universidade de Brighton, na Inglaterra, conseguiram resolver uma parte do mistério de Stonehenge. Eles encontraram a origem das pedras de sarsen, uma pergunta que ainda não tinha resposta. Os enormes blocos de arenito que formavam o monumento do neolítico eram originários de West Woods, um parque do Reino Unodo a 24 quilômetros do monumento.
O mistério de como esses objetos foram levados de um ponto ao outro ainda se mantém. Os pesquisadores acreditam que eles já utilizavam a roda nesse período e que essa engenharia foi usada para fazer o monumento. Segundo David Nash, geomorfólogo que liderou o estudo publicado na revista Science Advances, trata-se de uma evidência de que “estamos a olhar para aquilo que seria uma sociedade muito organizada”.
As pedras sarsen que compõem a famosa maravilha do mundo antigo eram uma das principais questões que circundavam a pesquisa sobre Stonehenge. Com essa descoberta, cientistas podem ter mais evidências sobre as sociedades neolíticas que habitavam o sul da ilha britânica. A construção de Stonehenge data de algo entre 5 e 3 mil antos atrás.
“As pedras sarsen compõem o icônico círculo externo e a ferradura central de trilithon (duas pedras verticais que sustentam uma pedra horizontal) em Stonehenge. São enormes. Como eles foram levados para o local ainda é objeto de especulação. Dado o tamanho das pedras, elas devem ter sido arrastadas ou transportadas em rodas para Stonehenge. Não sabemos a rota exata, mas agora pelo menos temos um ponto de partida e um ponto final”, disse Nash à Reuters.
Um pedaço de pedra de Stonehenge que havia sido roubado foi crucial para a descoberta: durante uma missão arqueológica nos anos 1960, um trabalhador acabou levando uma lasca das pedras de Stonehenge para casa e a manteve em segredo por mais de 60 anos, quando finalmente a devolveu no ano passado.
“Essa pesquisa nos dá um incrível salto a frente em nosso conhecimento sobre Stonehenge, e finalmente podemos responder à questão da origem das pedras de sarsen. Estamos felizes também em receber de volta o núcleo da pedra 58, que a família Phillips trouxe de volta para o santuário ano passado. Ela nos ajudou a captar uma amostra já destruída. Assim, conseguimos mais evidências para resolver essa quebra-cabeças”, afirmou Susan Greaney, historiadora-chefe da organização que cuida do monumento.
Fonte: Hypeness / Fotos: © Getty Images