Brasileiros prometem revolucionar indústria têxtil com algodão cultivado com 78% menos água e sem agrotóxicos

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26/07/2023 as 10:11
De olho na Engenharia
Brasileiros prometem revolucionar indústria têxtil com algodão cultivado com 78% menos água e sem agrotóxicos

Luciano Bueno é paulista e construiu sua carreira na indústria têxtil. Paula Elbl é acriana e mestre em Modificações Genéticas em Plantas. O que deu da união desses dois feras? A startup Galy, que desenvolveu in vitro uma fibra de algodão sustentável, capaz de ser cultivada em qualquer lugar do mundo, independente de condições climáticas, e de forma muito menos agressiva ao meio ambiente.

A cultura desenvolvida pelos brasileiros demanda 78% menos água e 81% menos terra para ser cultivada, gera 80% menos emissões e cresce 10 vezes mais rápido, sem o uso de qualquer tipo de agrotóxico no processo – resolvendo de uma só vez vários grandes desafios da indústria têxtil atualmente.

Com sede em Boston, nos Estados Unidos, e um campo de estudos em Holambra (SP), aqui no Brasil, a startup já fornece seu algodão in vitro sustentável para grandes marcas do universo da moda, tais como Ikea e Gucci, e trabalha para ganhar cada vez mais escala. O grande sonho de Luciano e Paula é “produzir toneladas de algodão em laboratórios espalhados por todo o mundo, revolucionando de uma vez só a indústria têxtil, a agricultura e a comunidade científica“.

Ousado, né? Mas, pelo visto, eles estão no caminho! Em 2020, a Galy venceu o Global Change Award, prêmio da H&M Foundation que é considerado o Nobel da indústria da moda.

Fonte: Reprodução / The Greenest Post / Foto: Divulgação