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Engenheiros criam sistema que torna água do mar potável sem impactar ecossistemas marinhos

Engenheiros criam sistema que torna água do mar potável sem impactar ecossistemas marinhos

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, mais de 2 bilhões de pessoas vivem atualmente sem acesso à água potável em casa. Um número que, infelizmente, tende a crescer cada vez mais por conta das mudanças climáticas.

Uma solução adotada por muitos países para driblar essa falta de água são as usinas de dessalinização. Mas, além de demandarem bastante espaço e dinheiro para serem construídas e de consumirem muita energia, você sabia que essas usinas também podem comprometer os ecossistemas marinhos?

Isso porque, de seu processo de destilação da água do mar para torná-la potável, sobra a salmoura – solução basicamente formada pelo sal dos oceanos –, que é despejada de volta aos mares de uma só vez, desequilibrando os ecossistemas marinhos.

Pois a startup Manhat, sediada em Abu Dhabi – não por acaso, uma das regiões do mundo sob maior risco extremo de falta de água –, desenvolveu uma nova tecnologia que está transformando a água do mar em potável sem gerar salmoura.

Trata-se de uma espécie de estufa flutuante que usa a luz natural do sol para esquentar a água do mar que está embaixo da estrutura. O recurso, então, evapora para dentro da estufa – já sem os cristais de sal, que ficam diluídos no oceano – para passar por um processo de condensação e virar água (já potável!) em estado líquido.

Sob o lema “Faça água naturalmente!“, a tecnologia já venceu, entre outros prêmios, o Water Europe Innovation Award, iniciativa que reconhece soluções inovadoras no setor de água. Na ocasião, a inovação foi elogiada pelos jurados por sua capacidade de “produzir água doce com zero emissão de carbono e zero rejeição de salmoura”.

A tecnologia, claro, dessaliniza a água do mar em uma velocidade muito inferior a de uma usina de dessalinização, mas seus desenvolvedores trabalham para pensar alternativas que possam acentuar a velocidade do processo, sem comprometer o meio ambiente, a fim de tornar a inovação mais competitiva. 

Por enquanto, ela já é perfeita para regiões que não têm dinheiro nem espaço para investir numa usina.

Fonte: Reprodução / The Greenest Post / Foto: Divulgação

Sou Wellington, um entusiasta apaixonado pelo mundo da engenharia. Minha dedicação e amor pela engenharia são inegáveis. Passo horas estudando e explorando as mais recentes inovações e tecnologias, sempre buscando entender e compartilhar minhas descobertas. Tenho um talento natural para resolver problemas e uma curiosidade insaciável, e escrevo artigos que refletem minha paixão e conhecimento prático. Meu objetivo é inspirar outros a se interessarem pela engenharia e explorarem as inúmeras possibilidades que esta fascinante área oferece.