Você já pensou que os continentes que vemos hoje podem desaparecer, para depois se reunir como se tudo voltasse ao ponto de partida? Pois alguns modelos científicos sugerem exatamente isso: um novo supercontinente poderia surgir, e o Brasil teria “convite” especial para entrar nessa festa geológica.
Qual seria o nome desse supercontinente?
Há várias hipóteses em jogo. A mais citada é Pangeia Próxima (também chamada de Pangeia Próxima, Pangeia Última, Neopangea ou Pangea II). Trata-se de um cenário especulativo em que, daqui a 250 milhões de anos, os oceanos e placas tectônicas convergiriam novamente para formar uma grande massa de terra.
Outro nome menos dramático mas também discutido é Amasia, modelo em que América do Norte e Ásia colidem e formam um supercontinente concentrado mais ao norte.
Como o Brasil “entra” nessa história?
Em alguns desses cenários, especialmente os que envolvem fechamento do Atlântico e movimentos de subducção nas bordas oceânicas, o Brasil poderia aproximar-se da África e da Europa, juntando-se ao novo bloco de terra. A modelo de Pangeia Próxima prevê que a parte leste da América do Sul se reconecte com a África.
Há também hipóteses alternativas, como “Aurica”, que projetam fusões diferentes com base em previsões de movimento de placas, mas são menos populares.
O que a literatura científica realmente apoia?
Vale dizer: tudo isso é especulativo. Modelos geológicos que prevêem formação de supercontinentes são baseados em tendências de placas tectônicas atuais e comparações com ciclos passados.
Um estudo publicado pela Science sugere que Eurasia e Américas poderiam colidir no futuro, gerando um supercontinente, talvez algo como a ideia de “Amasia”.
Mas projetar isso para centenas de milhões de anos no futuro envolve muitas incertezas: taxas de movimento das placas podem mudar, novas zonas de subducção podem surgir, forças mantélicas podem agir de modo imprevisível.
Onde essa “festa geológica” pode acontecer
Alguns modelos mostram que o Atlântico pode começar a se fechar em suas bordas, empurrando a América do Sul para frente, enquanto a África também migra. Isso faria com que os continentes “voltassem a se abraçar”. Essa hipótese alinha-se com a ideia de Pangeia Próxima
Já o modelo de Amasia coloca a fusão mais para o lado norte, com a América do Norte colidindo com a Ásia, e pouca participação da América do Sul no centro desse novo bloco.
Limitações: ciência não é bola de cristal
Essas projeções são interessantes e inspiradoras, mas não garantidas. Muitas variáveis podem alterar o destino das placas: surgimento de novas rupturas, variações de fluxo no manto da Terra etc.
Geólogos lembram que, no passado, previsões de longo prazo já “eram” certas e depois foram revistas. Ou seja: muito cuidado com interpretá-las como destino inevitável.
Essa hipótese é fascinante
Mesmo com as incertezas, é um exercício de imaginação científica sobre o que pode acontecer com nosso planeta em escala gigantesca. Pensar em continentes se unindo de novo nos força a ver a Terra como organismo vivo, em movimento constante.
Com informações de Fatos Desconhecidos.






















