A China economizou milhões ao mover um prédio colossal em vez de destruí-lo. Uma façanha de engenharia e sustentabilidade.
Na China, isso não é ficção científica, é realidade. Em Xiamen, engenheiros conseguiram girar um terminal rodoviário colossal, pesando o equivalente a 170 aviões Boeing 737, em apenas 40 dias. O prédio foi deslocado em 90 graus com precisão milimétrica, entrando para o Guinness World Records como a maior rotação de um edifício desse porte na história.
Como mover um gigante de concreto
O segredo do feito foi o uso de 532 macacos hidráulicos controlados por computador. Eles avançavam de 7 a 8 metros por dia, sobre trilhos especialmente projetados, garantindo que a estrutura não sofresse rachaduras ou colapsasse. Cada movimento tinha uma margem de erro de apenas 2 milímetros.
Economia, inovação e sustentabilidade
Ao invés de demolir o terminal, inaugurado em 2015 e avaliado em 39 milhões de dólares, a China preferiu movê-lo. A operação custou cerca de 7,5 milhões de dólares, menos de um quinto do valor de uma reconstrução. Além de barato, o processo evitou toneladas de entulho e mostrou como a engenharia pode ser uma solução sustentável.
Por que a China escolhe mover e não destruir
A decisão reflete uma filosofia crescente: modernizar sem desperdiçar. A expansão da malha ferroviária de alta velocidade no país esbarra em edifícios e estruturas, mas em vez de derrubar, os engenheiros encontram formas criativas de reaproveitar o que já existe.
A engenharia do impossível
Esse não é o primeiro megaprojeto chinês que impressiona o mundo. O país já construiu a maior ponte marítima do planeta e arranha-céus em tempo recorde. A rotação do terminal em Xiamen apenas reforça a ideia de que, na China, quando o progresso exige, até mesmo prédios inteiros podem sair do lugar.