A inteligência artificial analisou a composição de mais de 100 milhões de ligas para encontrar a forma ideal de produzir o novo ímã
Os ímãs são extremamente importantes na nossa vida, sendo aplicados desde computadores a ferramentas elétricas, no entanto, sua composição a partir de metais terras raras faz com que sua produção seja trabalhosa e energética. Assim, os pesquisadores têm tentado encontrar formas mais fáceis de produzir um material substituto, e graças a inteligência artificial eles podem ter conseguido.
O material foi desenvolvido em parceria pela Company Materials Nexus e o Instituto Henry Royce e da Universidade de Sheffield, recebendo o nome de MagNex;
Esse novo ímã é livre de matéria terras raras, tendo sido produzida com materiais que custam um quinto dos ímãs permanentes convencionais;
Além disso, sua produção registrou uma redução de 70% nas emissões de carbono quando comparado ao material produzido com terras raras.
A inteligência artificial tornou o desenvolvimento do ímã muito mais rápida
Mas as inovações do MagNex vão muito além. Os ímãs construídos com ligas de metais terras raras foram desenvolvidos entre as décadas de 1970 e 1980 e exigiu muitas tentativas e erros. Já o novo material foi desenvolvido 200 vezes mais rápido.
Esse feito foi graças a utilização de um algoritmo de aprendizado de máquina, que identificou e analisou a composição de mais de 100 milhões de ligas para encontrar a forma ideal de produzir um ímã permanente sem terras raras e que, ao mesmo tempo, fosse acessível e sustentável.
A combinação da abordagem da Materials Nexus de usar IA [inteligência artificial] para descoberta de materiais e as instalações de classe mundial que temos para a fabricação de ligas avançadas no Instituto Henry Royce aqui em Sheffield permitiu que um novo material magnético fosse desenvolvido com uma velocidade impressionante. Esta conquista mostra o futuro brilhante dos materiais e da fabricação. A próxima geração de materiais, desbloqueada através do poder da IA, é altamente promissora para a investigação, a indústria e o nosso planeta.
Iain Todd FREng, professor de metalurgia e processamento de materiais da Universidade de Sheffield
Os pesquisadores apontam que o novo ímã poderá ter um grande impacto no futuro com a recente busca dos humanos por energias renováveis e transportes com baixa emissão de carbono, tudo isso sem metais terra raras.
Fonte: Olhar Digital / Imagem: Lena Lir/ shutterstock