O setor da Construção Civil é bastante tradicional e comumente associado a técnicas arcaicas de produção. No entanto, a área tem atraído investimentos em tecnologia e inovação — seja em softwares e sistemas móveis, materiais, técnicas construtivas ou equipamentos. O objetivo dessas iniciativas são a busca pela redução de custos, aumento da eficiência e da produtividade nos canteiros de obras. Uma das inovações que têm se destacado é o novo sistema de concreto inflável.
A técnica foi desenvolvida por pesquisadores da Universidade TU Wien, na Áustria, e apresentada no início de 2017. A estrutura de concreto inflável utiliza menos recursos do que o sistema convencional para construir uma estrutura curva.
Como funciona
Em suma, o processo é chamado de Formação Pneumática de Concreto Endurecido (PFHC) e consiste em inflar na forma de cúpulas curvas o concreto já solidificado. O PFHC é implementado através da fundição de vários blocos em forma de “cunha” sobre uma superfície plana. Depois da cura do concreto, uma espécie de almofada de ar é inflada por baixo da estrutura.
A estrutura é suspensa por tendões, que transformam a peça plana em uma concha. Os tendões circundam toda a superfície e adicionam tensão para impedir que as lajes deslizem. O processo pode até parecer complicado, mas acaba reduzindo consideravelmente os custos com materiais e mão de obra para a construção de estruturas curvas.
A construção do protótipo apresentado levou apenas 2 horas e atingiu 2,9 metros. A estrutura construída não era rotacionalmente simétrica, o que prova que o PFHC pode ser utilizado até para criar estruturas de forma livre.
De acordo com Johann Kollegger, um dos pesquisadoras, conchas com até 50 metros de diâmetro podem ser facilmente construídas através deste processo. Isso facilitaria muito a construção de pontes, túneis, viadutos e edifícios curvos — no entanto, o concreto inflável ainda está em fase de testes e não há previsão para implantação no mercado da Construção Civil.
Fonte do post: Construct
Crédito/fonte da foto: Divulgação / Imagens: TU Wien