Rochas de Marte apresentam sinais químicos que podem indicar vida antiga, mas confirmação só será possível na Terra.
A NASA pode ter dado um dos passos mais importantes da exploração espacial: o rover Perseverance encontrou indícios que podem ser sinais de vida antiga em Marte. Não é ficção científica, é ciência pura.
O que o Perseverance descobriu?
Na região chamada Neretva Vallis, um antigo vale de rio que há bilhões de anos levava água para a cratera Jezero, o robô encontrou minerais muito semelhantes aos que, na Terra, estão ligados à matéria orgânica. Estamos falando de compostos como carbono, enxofre e fósforo, elementos que podem servir de energia para microrganismos.
Entre as formações analisadas, a chamada Bright Angel chamou atenção. Rochas com manchas que parecem pele de leopardo ou sementes de papoula intrigaram os cientistas. Na Terra, estruturas assim costumam estar ligadas a fósseis de microrganismos subterrâneos. Imagine olhar para uma pedra em Marte e ver marcas que lembram sinais de vida!
Amostras com potencial histórico
O Perseverance já coletou 25 amostras, incluindo uma batizada de Cânion Safira. Os cientistas descrevem essa amostra como “misteriosa”, pois apresenta química que pode estar ligada a compostos orgânicos. Se confirmada, seria uma das maiores descobertas da história da humanidade.
Vida ou simples química?
Apesar do entusiasmo, ainda não há prova direta de vida. Esses sinais podem ser explicados por processos puramente químicos, sem envolvimento biológico. Mas o fato de Marte apresentar reações químicas tão complexas reforça a ideia de que o planeta já teve condições ideais para abrigar vida.
A grande questão
Para ter certeza, será necessário trazer essas amostras para a Terra. O problema é que o programa de Retorno de Amostras de Marte enfrenta desafios enormes de logística e orçamento. Até lá, ficamos com análises remotas e a imaginação de que, em algum momento, Marte pode ter sido lar de microrganismos.
Uma resposta para a humanidade
A cada nova descoberta, ficamos mais próximos de responder a uma das perguntas mais antigas da história: estamos sozinhos no universo ou já houve vida fora da Terra?