A ideia inicial de um grupo de estudantes do Colégio Sesi, de Araucária (PR), região metropolitana de Curitiba, era produzir um plástico biodegradável, porém, com o andamento das pesquisas, o projeto acabou se encaminhando para outra inovação: um tipo de madeira sustentável, produzida com casca de mandioca, tetraborato de sódio (bórax), cola e água.
O experimento apresentado durante uma Feira de Inovação das Ciências e Engenharias (Ficiencias), realizada em Foz do Iguaçu (PR), se destacou por ser uma alternativa de baixo custo e ambientalmente correta. As estudantes Amanda Bueno Coutinho, Ana Vitória de Lara e Letícia Azambuja de Souza explicam como foi o processo:
“A nossa madeira é feita a partir de resíduos orgânicos da mandioca, como a casca, e utilizamos também outros componentes para deixá-la mais compactada. Para nós fazermos a nossa madeira, fomos variando a quantidade dos nossos materiais (mais cola, menos cola. Mais casca, menos casca), até encontrar o nosso protótipo ideal”.
Além de sustentável, o modelo de madeira é resistente a traças, cupins e até fogo. “Fizemos um teste de inflamabilidade, em que ela teve resultado muito parecido com o MDF Fire, que é produzido na América Latina. Além disso, a nossa madeira é praticamente impermeável. Nós deixamos imersa por cerca de três dias. Quando retiramos, achamos que tínhamos perdido o teste porque ela havia inchado completamente. Mas quando secou, voltou ao estágio inicial.
Isso significa, que mesmo que ela infiltre ela consegue evaporar essa água novamente.” De acordo com as estudantes, o próximo passo é buscar a produção da madeira em larga escala.
Um grupo de estudantes do Colégio SESI, de Araucária, Região Metropolitana de Curitiba, desenvolveu uma madeira sustentável, produzida a base de casca de mandioca. Chamado de madeira aglomerada de mandioca, a invenção é resistente a água e ao fogo e tem baixo custo.
Rhuan Barbosa Lopes, Amanda Bueno Lopes e Ana Vitória Oliveira Lara, os responsáveis pela inovação, disseram que começaram seu projeto no intuito de criar um plástico biodegradável. Porém, como obtiveram um material de má qualidade e viram que já existiam plásticos semelhantes no mercado, desistiram dessa ideia.
Então, mudaram o projeto e passaram a direcionar seus esforços na criação de uma madeira sustentável a partir da mandioca. A grande sacada da equipe aconteceu quando eles perceberam que a casca deste tubérculo tinha uma consistência semelhante a de ferragens de madeira. Por ter essa característica, poderia ser usada para fabricar “falsas madeiras”.
Os jovens usaram uma mistura de cola, água e casca da mandioca triturada para produzir a madeira aglomerada de mandioca. Amanda Bueno disse que o processo de criação da madeira foi de tentativa e erro, ou seja, eles variaram a quantidade de cada material até conseguirem formar um protótipo ideal.
O protótipo gerado no experimento agradou a equipe por diversas razões. Primeiramente, ele dá um destino adequado a um material jogado no lixo em grande quantidade em todo o país: a casca de mandioca. Segundo, apresenta um baixo custo e facilidade de produzir. Terceiro, pode ser usada na fabricação de móveis, evitando que mais árvores sejam cortadas com esse fim.
Além disso, apresentou diversas vantagens em relação aos similares no mercado. Ela é praticamente impermeável a água, o que evita a danificação dos móveis por infiltração. Também, apresenta resistência às traças, aos cupins e até ao fogo. De acordo dom Rhuam Lopes, essa madeira não cria chamas na presença de fogo, apenas carboniza sem perder suas propriedades.
A madeira aglomerada de mandioca foi apresentada na 7ª edição da Feira de Inovação das Ciências e Engenharias (Ficiencias), realizada em Foz do Iguaçu (PR), e recebeu destaque por ser uma alternativa de baixo custo e ambientalmente correta. Apesar do sucesso obtido na feira com a inovação, os estudantes ainda não estão totalmente satisfeitos com o seu produto.

Eles querem reduzir o preço final dele e, para tal, pretendem diminuir a quantidade de cola que vai no preparo. Segundo Ana Vitória, a cola é um dos materiais mais caros da nossa produção. Os alunos também pretendem modificar os seus equipamentos para que eles formem um produto que se adapte ao maquinário atual. A intenção do grupo é fabricar a madeira aglomerada de mandioca em grande escala.
Com informações de Sustentabilidade no Ar.





















