A 26ª Conferência de Mudanças Climáticas da ONU, que aconteceu no final de 2021 em Glasgow, trouxe algumas novas diretrizes para o trabalho dos países-membros nos próximos anos. Entre outros combinados, o acordo assinado ao final do evento pelas quase 200 nações presentes – incluindo o Brasil – estabelece o compromisso de neutralizar as emissões de CO2 até o ano de 2050.
No Chile, uma primeira iniciativa para atingir esse objetivo já está funcionando: é o Complexo Cerro Dominador, uma usina termossolar – a primeira da América Latina! – construída no meio do Deserto do Atacama.
Em uma área de mais de 700 hectares, o espaço foi construído estrategicamente com 10,6 mil espelhos, instalados em posição exata para refletir os raios de sol que neles batem para uma torre de 250 metros de altura, posicionada ao centro da usina, onde fica uma turbina de vapor. Com o calor absorvido pela torre refletora, a turbina é capaz de gerar eletricidade, que é enviada à rede pública.
A produção acontece 24 horas por dia, 7 dias por semana! Isso porque, diferente de outras plantas de energia renovável, que dependem de fatores naturais – como vento, sol e água – para produzir eletricidade, essa usina conta com torre refletora capaz de armazenar o calor que recebe por até 17 horas, garantindo que a geração de energia não pare nunca.
Curtiu? Tem mais! O Complexo Cerro Dominador também conta com uma usina solar – já que sol no deserto é algo que não dá para desperdiçar, né?
Juntas, as duas plantas, garantirão que o Chile deixe de emitir mais de 600 mil toneladas de CO2 por ano – o equivalente à poluição emitida por 300 mil carros no mesmo período -, estima o governo.
É ou não é um bom primeiro passo rumo à neutralização de carbono em 2050?
Fonte: The Greenest Post