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Cientistas descobrem 30 mil micro-organismos que desenvolveram habilidade de comer plástico e podem ajudar a combater poluição

Cientistas descobrem 30 mil micro-organismos que desenvolveram habilidade de comer plástico e podem ajudar a combater poluição

Um dos maiores problemas atuais, a grande quantidade de plástico jogado no meio ambiente (principalmente nos oceanos) pode ser resolvida com uma descoberta feita num estudo recente: micróbios do mundo inteiro estão desenvolvendo a habilidade de comer plástico. O estudo, que foi publicado no Microbial Ecology, encontrou mais de 30 mil micro-organismos capazes de destruir mais de 10 tipos diferentes de plástico.

Foram mais de 200 milhões de genes estudados para conseguir realizar o estudo, que analisou exemplos de DNA. Em média, um em cada quatro organismos estudados é capaz de degradar plástico por meio de suas enzimas. “O próximo passo é testar as enzimas mais promissoras para investigar suas propriedades e taxa de degradação de plástico que elas conseguem atingir”, explicou Zelezniak, professor da Universidade de Tecnologia Chalmers, na Suécia, e um dos autores do estudo. “A partir daí poderemos criar comunidades de micro-organismos capazes de degradar plásticos específicos”, concluiu.

Ainda segundo ele, há correlação entre a concentração de enzimas encontradas em um determinado lugar e a quantidade de lixo plástico no local. A principal conclusão do estudo é que o plástico local contribui para o desenvolvimento da enzima capaz de processar aquele tipo de material da região. A descoberta é importante para criar alternativas para a decomposição de plástico e ajudar no processo de reciclagem.

A pesquisa partiu da compilação de dados de 95 micróbios que já eram reconhecidos na comunidade científica como capazes de degradar o plástico.

Depois, o objetivo era estudar micro-organismos com características parecidas. No final, os autores conseguiram catalogar 12 mil enzimas que degradam plástico no oceano e 18 mil em terra. No total, material de mais de 38 países foram estudados – espalhados por 236 localidades diferentes.

Este é o estudo mais abrangente sobre o tema. “Nós não esperávamos encontrar um número tão alto de enzimas em diferentes micróbios e ambientes”, confessou Jan Zrimec, co-autor do estudo, da mesma universidade.

Fonte: The Greenest Post / Foto: Divulgação / johnstocker23441079 / Creative Commons

Sou Wellington, um entusiasta apaixonado pelo mundo da engenharia. Minha dedicação e amor pela engenharia são inegáveis. Passo horas estudando e explorando as mais recentes inovações e tecnologias, sempre buscando entender e compartilhar minhas descobertas. Tenho um talento natural para resolver problemas e uma curiosidade insaciável, e escrevo artigos que refletem minha paixão e conhecimento prático. Meu objetivo é inspirar outros a se interessarem pela engenharia e explorarem as inúmeras possibilidades que esta fascinante área oferece.