O Instituto de Pesquisa em Química e Física do Japão (RIKEN) está investindo pesado na criação de baratas com equipamentos robóticos controláveis à distância.
Mas quais são os objetivos por trás da criação de um barata ciborgue? De acordo com o Riken, a ideia é acessar locais impossíveis para o ser humano e monitorar o meio ambiente.
O protótipo criado pelo Riken foi patenteado e seus resultados foram publicados na revista Flexible Electronics neste mês. Com alimentação de energia solar e capacidade de controle remoto dos insetos, a tecnologia é absolutamente revolucionária.
“O módulo de célula solar orgânica ultrafina montada no corpo atinge uma potência de 17,2 mW [megawatts], que é mais de 50 vezes maior do que a potência dos atuais dispositivos de coleta de energia de última geração em insetos vivos”, informa Kenjiro Fukuda, do Grupo RIKEN para pesquisa de alta tecnologia através de comunicado publicado na imprensa japonesa.
A pesquisa da empresa estatal japonesa conseguiu criar mochila especial com materiais ultrafinos e um sistema que mantém o maquinário conectado com as patas do inseto e pode controlá-lo.
30 minutos de sol ou iluminação artificial similares são eficazes para carregar a bateria. Nos testes, as baratas se movimentaram perfeitamente frente ao trabalho da equipe da RIKEN e já podem ser utilizadas em breve.
Agora, os cientistas da RIKEN buscam tentar entender como adaptar o sistema desenvolvido para o uso em outros tipos de artrópodes, e, quem sabe, criar robôs voadores para sobrevoar ambientes inacessíveis para o ser humano.
“Nossa estratégia pode ser adaptada a outros insetos como besouros, ou talvez até insetos voadores como cigarras, no futuro”, diz Fukuda.
Fonte: Hypeness / Fotos: Reprodução/RIKEN