A Grande Pirâmide de Gizé, uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo, é composta por 2,3 milhões de blocos
A Grande Pirâmide de Gizé, localizada na margem oeste do Rio Nilo, no Egito, até hoje permanece como um dos monumentos mais impressionantes da história da humanidade, se não for o maior.
Construída há mais de 4.500 anos, durante o reinado de Quéops, essa maravilha arquitetônica da Quarta Dinastia ainda fascina estudiosos e visitantes por sua grandiosidade e mistérios GIGANTESCOS.
A dimensão da grandeza da Grande Pirâmide de Gizé
Originalmente, a Grande Pirâmide de Gizé media 147 metros de altura, mas, devido à erosão e à remoção de seu revestimento de calcário polido, a estrutura atualmente alcança 137 metros.
Apesar dessa redução, sua base imensa, com 230 metros de comprimento em cada lado, mantém a imponência do monumento.
O alinhamento preciso aos quatro pontos cardeais e o ângulo de 51,87° dos lados demonstram a habilidade técnica dos antigos egípcios.
Construída com 2,3 milhões de blocos de pedra, pesando juntos cerca de 5,75 milhões de toneladas, a pirâmide é uma obra-prima de engenharia.
O núcleo é feito de calcário amarelado, enquanto as passagens internas e a câmara funerária utilizam granito e calcário mais fino, refletindo a precisão no uso dos materiais.
A estrutura interna
Embora a Grande Pirâmide de Gizé impressione por sua escala externa, seu interior é surpreendentemente simples em termos de espaços abertos.
Uma entrada no lado norte conduz a um corredor descendente que leva a uma câmara subterrânea inacabada.
Esse espaço rudimentar contrasta com as sofisticadas passagens ascendentes que se ramificam para a Grande Galeria e as câmaras da Rainha e do Rei.
A Grande Galeria, com seus 46 metros de comprimento e design inclinado, é uma das características mais intrigantes.
Acima dela, a Câmara do Rei, revestida inteiramente em granito, serve como o núcleo simbólico e funcional do monumento. Dois poços estreitos partem dessa câmara em direção ao exterior, mas sua função permanece incerta, sendo atribuída a propósitos religiosos ou de ventilação.
Outro aspecto notável são as lajes de granito sobre a Câmara do Rei, colocadas para suportar o peso colossal das pedras acima.
Esse design demonstra um conhecimento avançado de engenharia estrutural para a época.
Por outro lado, as câmaras subterrâneas inacabadas sugerem que algumas partes da construção podem ter sido abandonadas ou reavaliadas durante o projeto.
A Construção
A construção da Grande Pirâmide de Gizé continua sendo objeto de debates entre historiadores e arqueólogos.
A teoria mais aceita sugere que os egípcios utilizaram rampas inclinadas feitas de tijolos e areia para erguer os blocos de pedra.
Essas rampas, que aumentavam em altura à medida que a pirâmide era construída, permitiam o transporte das pedras por meio de trenós, rolos e alavancas.
O antigo historiador Heródoto relatou que 100.000 homens participaram da construção, mas evidências modernas indicam que um número menor, cerca de 20.000 trabalhadores permanentes, pode ter sido suficiente.
Esses operários, acompanhados por equipes de suporte como padeiros e médicos, viviam em uma comunidade organizada próxima ao local. A hipótese de trabalho sazonal, com agricultores contribuindo durante as cheias do Nilo, também é amplamente aceita.
Descobertas Aarqueológicas
Desde o século XIX, as escavações têm revelado detalhes fascinantes sobre a Grande Pirâmide de Gizé. Em 1830, inscrições internas foram descobertas, confirmando que a pirâmide pertencia a Quéops.
Mais tarde, barcos funerários foram encontrados enterrados perto da estrutura, reforçando a conexão simbólica entre o faraó e sua jornada pós-morte.
No entanto, o túmulo do rei e seus tesouros nunca foram localizados. Muitos acreditam que saqueadores podem ter violado a pirâmide, levando os restos mortais e os objetos valiosos.
Mesmo assim, avanços tecnológicos, como scanners 3D, têm permitido investigações não invasivas.
Em 2023, uma descoberta importante revelou um corredor oculto, alimentando especulações sobre segredos ainda escondidos dentro do monumento.
Um símbolo atemporal
A Grande Pirâmide de Gizé transcende sua função original como tumba real.
Hoje, ela é um símbolo do engenho humano e da capacidade de realização mesmo com recursos limitados.
Cada pedra, cada detalhe em sua construção, reflete uma combinação de esforço coletivo e inovação técnica que ainda desafia a compreensão moderna.
Apesar dos séculos, a pirâmide resiste como um testemunho do poder e do legado da antiga civilização egípcia.
Suas paredes não apenas guardam mistérios, mas também ecoam histórias de um povo que transformou pedra e areia em eternidade.
Assim, a Grande Pirâmide de Gizé continua sendo não apenas um marco na paisagem egípcia, mas um lembrete imortal do que a humanidade pode alcançar.
Fonte: Click Petróleo e Gás | Foto: Reprodução