Se você não é fã de matemática, pode achar difícil acreditar que alguém realmente aprecie esses números. Mas a ciência prova que sim. Varreduras cerebrais de matemáticos mostraram que seus cérebros respondem a equações da mesma forma que outras pessoas interpretam pinturas e música.
A descoberta foi feita por pesquisadores da University College London. De acordo com um artigo na revista Scientific American, eles pediram a 16 matemáticos que classificassem 60 equações em uma escala de “feio” a “bonito”. Duas semanas depois, os mesmos participantes analisaram as equações novamente. Desta vez é uma ressonância magnética.
Na segunda etapa, os cientistas perceberam que quanto mais bonita a equação, maior a atividade em uma região do cérebro chamada córtex orbitofrontal medial A1. Está associado a respostas emocionais relacionadas à estética visual e musical.
Essa novidade ajuda os pesquisadores a entender o papel da cultura e do aprendizado na apreciação estética. Além do mais, pode aproximar os neurocientistas de respostas sobre a base neural da beleza, um conceito que permanece indefinido.
Para os cientistas, no entanto, a suposição é que, embora pessoas sem formação musical ainda possam apreciar as obras de Beethoven e Michelangelo, apenas as pessoas que entendem o significado por trás de certas fórmulas as acham bonitas.
Para provar a ideia, eles mostraram a equação a um grupo de não matemáticos. E nada mais: menos resposta emocional. No final do dia, a beleza realmente pode estar nos olhos de quem vê.