Instalação no Parque Capivari tem com árvores tecnológicas com algas e purifica o ar com eficiência equivalente a 200 árvores naturais
O Parque Capivari é o principal atrativo turístico de Campos do Jordão, cidade que fica na Serra da Mantiqueira, em São Paulo. Em 2025, quem passar por lá vai encontrar a primeira Floresta Líquida do Brasil instalada em um parque de diversões, que foi inaugurada no dia 9 de julho deste ano.
O projeto é inédito no país e reúne ciência, sustentabilidade e experiência turística em um mesmo espaço, com cinco árvores tecnológicas que purificam o ar de forma contínua e silenciosa.
As árvores são chamadas de Árvores Líquidas porque são estruturas preenchidas por água e algas, no lugar do tronco, seiva e folhas das árvores naturais. A proposta de usar algas pera purificar o ar é usada em outras estruturas e tecnologias e, no caso de Campos de Jordão, as cinco árvores líquidas têm a capacidade de desempenhar o trabalho equivalente a até 200 árvores naturais.
“A instalação da Floresta Líquida reforça a intenção do Parque Capivari de ir além do entretenimento e contribuir efetivamente com o meio ambiente, por meio de ações reais e mensuráveis”, afirma Rafael Montenegro, diretor geral do Parque Capivari.
As estruturas trazem o processo de fotossíntese por meio de microalgas cultivadas em fotobiorreatores. Cada árvore é capaz de capturar dióxido de carbono (CO₂) da atmosfera e liberar oxigênio em tempo real. Segundo dados técnicos, uma única árvore líquida equivale a 150 árvores convencionais em capacidade de captura de carbono.
Além da purificação do ar, o sistema produz biomassa que pode ser utilizada como matéria-prima para biocombustíveis e fertilizantes. A operação é alimentada por energia elétrica ou fotovoltaica, e os dados de desempenho são monitorados em tempo real por sensores integrados.
“A Floresta Líquida não tem o objetivo de substituir árvores naturais ou florestas verdes. Pelo contrário: ela surge como uma aliada nessa causa, somando esforços à preservação da natureza e ampliando o debate sobre soluções urbanas e tecnológicas para os desafios ambientais atuais”, esclarece Montenegro.
O projeto se baseia em pesquisas que demonstram que cerca de 54% do oxigênio atmosférico é produzido em ambientes aquáticos, especialmente por organismos como microalgas e fitoplânctons. A tecnologia das árvores líquidas replica esse processo natural de forma controlada e eficiente, utilizando luz artificial com espectro específico e um sistema interno de borbulhamento que realiza a troca gasosa com o ar.
“Campos do Jordão recebe cerca de quatro milhões de turistas por ano e a visibilidade que temos aqui é uma oportunidade para ampliar a conscientização ambiental em grande escala. O impacto vai muito além dos limites do parque”, destaca o Diretor do Parque.
A necessidade de soluções sustentáveis no combate ao excesso de carbono é urgente. De acordo com a Agência Internacional de Energia, o CO₂ representa cerca de 75% das emissões globais de gases de efeito estufa. A concentração atmosférica do gás atingiu 419 partes por milhão em 2023, o maior índice dos últimos 800 mil anos, segundo a NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos).
“Se quisermos encontrar soluções para o futuro, precisamos olhar com mais atenção para o que a própria natureza já faz com maestria. A Floresta Líquida é uma resposta a esse olhar. Trata-se de uma síntese entre biotecnologia e respeito aos ciclos naturais”, diz Montenegro.
Além da função ecológica, a Floresta Líquida no Parque Capivari será também um espaço de educação ambiental e inspiração para visitantes de todas as idades. “A partir de agosto, a Floresta Líquida também passará a funcionar como sala de aula ao ar livre para estudantes de Campos do Jordão e de toda a região da Serra da Mantiqueira”, finaliza Rafael Montenegro.
Para mais informações acesse www.parquecapivari.com.br.
Com informações de Ciclo Vivo.