Pesquisador cria biofertilizante 100% brasileiro e sustentável

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16/11/2022 as 14:45
De olho na Engenharia
Pesquisador cria biofertilizante 100% brasileiro e sustentável

Brenno Amaro desenvolveu a arbolina, um biofertilizante atóxico e sustentável capaz de aumentar a produção em até 40%.

Há dez anos, o professor do Instituto de Química (IQ) da Universidade de Brasília (UnB), Brenno Amaro, dedica-se a pesquisas com materiais nanométricos. Entre seus projetos de destaque, está o voltado à produção da arbolina, uma nanopartícula com efeito bioestimulante e biofertilizante que aumenta a produtividade nas lavouras. A tecnologia foi desenvolvida nos laboratórios da UnB e validada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). 

O professor é um dos fundadores da Krilltech, empresa especializada em nanotecnologia do ramo do agronegócio (AgTech) que aposta na arbolina como biofertilizante do futuro. O produto 100% brasileiro é puro, atóxico, não bioacumulável e luminescente, capaz de aumentar a produção em até 40% e enriquecer a qualidade nutricional do alimento.

“O biofertilizante é composto por carbono orgânico, nitrogênio, oxigênio e hidrogênio. É basicamente o que a planta precisa. Ele é ‘bio’ porque é atóxico, feito de material produzido na natureza. E é sustentável, portanto, não gera resíduos sólidos e nem líquidos na produção”, explicou Amaro em entrevista ao Conexão Planeta.

Premiação

Em 2021, o professor foi escolhido para receber o Prêmio da Sociedade Brasileira de Química de Inovação Fernando Galembeck. O prêmio homenageia a competência e a capacidade inovadora e reconhece a atuação dos pesquisadores na ciência e tecnologia nacionais.

“Trata-se de mais uma grande oportunidade de mostrar à sociedade a importância do estímulo e do investimento na pesquisa e na inovação que, em sua esmagadora maioria, no Brasil, são realizadas dentro das universidades públicas”, disse Marcos Juliano Prauchner,  diretor do Instituto de Química da UnB, sobre a premiação do docente.

Brenno Amaro já dispunha de conhecimento em materiais fluorescentes e bioimageamento quando iniciou sua produção científica na UnB. Em 2011, com a chegada ao IQ do professor Marcelo Rodrigues, que começou a produzir nanomateriais de carbono, os dois docentes uniram suas qualificações e iniciaram pesquisas com materiais nanométricos. As expertises de Brenno permitiram que fossem feitas modificações de superfícies nos materiais de carbono que Marcelo produzia. 

No início, utilizavam estrume de vaca como fonte de carbono, que era transformado em partículas nanométricas. Na avaliação de Brenno, elas tinham um valor tecnológico muito grande. Em 2015, pesquisadores da Embrapa viram que as propriedades dessas partículas poderiam ocasionar respostas positivas em alguns cultivos de plantas. Foi o começo da parceria entre a UnB e a Embrapa que resultou na patente e no licenciamento do biofertilizante arbolina.

Com informações da UnB Notícias.

Fonte: Ciclo Vivo / Foto: André Gomes/Secom UnB / Arquivo Pessoal

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  • Gostei muito.
    Como posso entrar em contato com vocês a respeito desse material ?

  • Nossa, muito intefessante amigo esse artigo.

  • Querido, trabalho na produçao de melancias semi organica.

    Como faço pra entrar em contato com você e adquirir esse biofertilizante?

    • Queria saber sobre esse produto no café . Como entro em contato ?

  • Formidável a prequisa! Parabéns…

  • Tenho interesse em mais informações, temos um empresa de representações do agro brasileiro.

    • Boa noite trabalho com sistema de lixo orgânico e gostaria de saber se já pesquisou algo utilizando o chorume como base para fertilizante ou adubo.

  • Queridos!
    Trabalho na produção de melão e melancia orgânicos! Como faço para entrar em contato com vocês para utilizar essa tecnologia?
    Att
    Paulo Faccioni

  • Parabéns professor. É de gente assim que o Brasil precisa. Parabéns pela pesquisa e pelo empenho em desenvolver algo que nos favorece. Parabéns 👏👏👏👏

  • Muito interessante

  • Boa noite gostaria de saber se vc já fez algum trabaĺho utilizando o chorume como base para fertilizante ou inseticidas.

  • Bom dia.
    Desejo obter maiores informações e viabilidade para produzir/comercializar o produto.

  • Que legal.essa iniciativa . Fiquei feliz em descobrir. Obrigada.. O que seria de nós é nossas plantinhas sem a inteligência e o.empenho desses profissionais dedicados. Parabéns !!!!