Jovem nordestina cria telha sustentável com cascas de molusco e é destaque em Nobel da Educação
Nascida na cidade de Maceió, em Alagoas, Ana Júlia Monteiro de Carvalho sempre foi apaixonada por pesquisa e inovação. A jovem tem lembranças de, desde muito pequena, observar realidades que a despertavam curiosidade e incômodo e pensar formas de aproveitá-las ou transformá-las “para mudar o mundo para melhor”.
Para ter uma ideia, aos 11 anos de idade, a menina já criou um projeto científico para tentar impedir que tartarugas marinhas fossem atraídas pelas luzes das cidades – uma realidade que cresceu vendo em Maceió e que sempre a incomodou.
Mas uma das inovações mais populares de Ana Júlia é a telha Ecosururu, uma telha sustentável desenvolvida pela jovem quando ela tinha 15 anos de idade. A iniciativa oferece a possibilidade de moradia mais barata a pessoas vulneráveis e também resolve um grave problema ambiental da região onde a menina mora: o descarte incorreto das cascas do molusco sururu, cuja pesca e venda são uma das principais formas de subsistência no Nordeste.
A ideia foi inspirada na população da Lagoa Mundaú, também em Maceió. Trata-se de uma comunidade ribeirinha, sem acesso à saneamento básico, que vive em barracos e comercializa sururu para sobreviver. As cascas do molusco, no entanto, por não serem consumíveis, são descartadas à céu aberto pelos pescadores nas ruas da região, o que gera muito lixo.
A telha Ecosururu, desenvolvida por Ana Júlia, é feita a partir de um pó produzido com esses resíduos, que são triturados e misturados, para dar liga, a pneus velhos – outro resíduo cujo descarte é bastante desafiador. A inovação resolve o problema do lixo e ainda oferece à população de Lagoa Mundaú – e de muitas outras comunidades vulneráveis do Nordeste – a oportunidade de ter acesso a uma moradia mais digna.
A iniciativa foi um dos projetos que fez Ana Júlia ser destaque na edição de 2021 do Global Student Prize, prêmio concedido pela Unesco, em parceria com a Fundação Varkey, que é considerado o Nobel da Educação. Aos 18 anos de idade, a nordestina foi a primeira estudante da América Latina a ficar entre os 10 finalistas da premiação, que contou com a participação de mais de 3,5 mil alunos de 94 diferentes países. Ê orgulho!
Fonte: The Greenest Post
Eu admiro o povo nordestino, tendo oportunidade, vão longe! Parabéns!
Parabéns Ana Júlia, pwlo seu belíssimo trabalho e pela sua sensibilidade com esse olhar humano.
S u c e s s o.!
Orgulhosa pela premiação de tão relevante projeto! Parabéns Ana Júlia!!!!!
Milhões de aplausos,,por estes ,,seus projetos criativos ,, Ana Júlia ,, que ,, os governos ,, observem tudo que você está trabalhando em benefício do meio ambiente// habitat