Educação para Sustentabilidade pode virar disciplina obrigatória nas escolas

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23/04/2022 as 20:47
De olho na Engenharia
Educação para Sustentabilidade pode virar disciplina obrigatória nas escolas

Matemática, Português, Geografia e… Educação para Sustentabilidade! Até 2025, o assunto pode virar disciplina obrigatória para alunos de todas as idades, que estudam nas escolas dos 193 Países-Membros da Unesco, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. Entre eles, o Brasil.

Pelo menos, é o que prevê a Declaração de Berlim sobre Educação para o Desenvolvimento Sustentável, acordada na última Conferência Mundial da organização, realizada em maio. Na ocasião, o Brasil foi representado pelo secretário-executivo e vice-Ministro da Educação, Victor Veiga Godoy.

Atualmente, o assunto passa longe de ser bem abordado nas salas de aula mundo afora. Segundo levantamento da própria Unesco, mais da metade de seus Estados-Membros nem sequer fazem referência ao tema Mudança Climática em seus planos educacionais e apenas 19% tratam sobre Biodiversidade em suas grades curriculares. Assustador, né?

Além de tornar obrigatório o ensino de Educação para Sustentabilidade nas escolas, a nova declaração prevê uma série de políticas a serem adotadas para transformar a forma como se ensina atualmente nas instituições de ensino. Entre elas, o desenvolvimento de competências cognitivas e de colaboração e também o incentivo à resolução de problemas e à construção de resiliência.

Como próximo passo, a Unesco irá convidar cada Estado-Membro a recrutar uma rede de atores próprios, que irá liderar a construção e implementação da medida em seus territórios nos próximos 4 anos. Como será que o Brasil vai trabalhar o compromisso?

Vale lembrar que, em 2015, começou a tramitar no país um PLS que previa a obrigatoriedade da disciplina Educação Ambiental nas escolas de todo o território nacional. PLS esse que, desde 2019, está parado “em análise” na Comissão de Educação, Cultura e Esporte.

Fonte: The Greenest Post / Foto: Reprodução/Unesco